Casas Antiguas (tradução)

Original

Pedro Guerra

Compositor: Pedro Guerra

Há sensação nas casas antigas
de que algo fica de quem nelas viveu
um quente aroma de café um gesto terno e familiar
mãos que aprendem a costurar na inocência do lugar
Há sensação nas casas antigas
de que algo fica de quem nelas viveu
alguém parado em uma janela vendo a vida que se vai
o labiritno da fé que ninguém pode decifrar
vidas
que nos esfregam que se mostram que respiram
vidas
no limbo das almas suspendidas
Há sensação nas casas antigas
de que algo fica de quem nelas viveu
onde o amor prendeu uma luz da intimidade
os jogos da juventude que escapa da solidão
Há sensação nas casas antigas
de que algo fica de quem nelas viveu
o ressentimento e a inquietude os ecos da vizinhança
o cercado da multidão alguém que fuma e pensa no
mar
vidas
que nos esfregam que se mostram que respiram
vidas no limbo das almas suspendidas